novembro 30, 2006

Renovar, reutilizar e reciclar

Quem não conhece esta cantinela da regra dos três r's? Toda a gente conhece, ou pelo menos quase toda. Eu, particularmente, tive de a saber na ponta da língua, porque há uns anos atrás (dos quais não tenho saudades) integrei uma pequena peça de teatro da bem-dita área-escola onde o meu papel era o de um caixote que tinha de gritar "Reciclar!". Escusado será dizer que, apesar das optimas intenções pedagógicas infantis, a peça era ( e foi) um horror.
Mas voltando à questão inicial... Eu, e com certeza algumas pessoas mais, esforço-me realmente por dar o meu melhor enquanto cidadã civilizada e esperançosa de um futuro mais limpo. Faço a separação do lixo: papel para um lado, embalagens para outro e o vidro para outro. Concordo que já basta ter um saco de lixo a cheirar mal, sendo que ter não um, mas quatro, a ocuparem uma parte substancial da dispensa é penoso do ponto de vista logístico, mas de resto, não vejo onde está a grande dificuldade de separar o lixo.
Mas é muito triste, indo eu munida de sacos devidamente organizados por 'classes', chegar aos ecopontos e deparar-me com a recorrente miséria. Como a recolha do lixo dos ecopontos não se faz todos os dias, e nem sei, afinal, se todas as semanas, o lixo acumula-se de tal maneira...que já ninguém destingue onde são as embalagens e onde é o papelão e a zona mais parece uma lixeira municipal. Como se não bastasse há uns quantos idiotas (desculpem, mas teve de ser) que se estão pouco importando para todo um esforço colectivo e para lá atiram sofás, carrinhos de bonecas, roupa, cascas de banana e mais uns 'suvenirs' indispensáveis.
E eu pergunto: não é dir à cara a esta gente? Eu cá punha camaras de vigilância para ver quem são estes incipientes e no dia seguinte punha-lhes os sofás e as máquinas de lavar à porta a dizer "como não existe qualquer diferença para si entre um papelão e ferro-velho, eu achei também que a sua casa era optima para tais dejectos".
E os anúncios que passam na televisão a sensibilizar para a causa são tão engraçados e chamativos...não percebo o que é que falta para as pessoas começarem a ser mais ligadas a este tipo de assuntos.


Ana

novembro 27, 2006

As maravilhas do Rodízio

Hoje fui a um restaurante de Rodízio. Aquele tipo de restaurantes conhecidos por se comer até rebentar a alma e anexos, sempre com base no mesmo 'simpático e módico' preço. Mas não sei até que ponto ficará em conta este tipo de serviço: paga-se x e enche-se o prato as vezes que se quiser, mas como, normalmente, os olhos são maiores que a barriga, acaba-se por se comer o mesmo e pagar mais...porque o estômago não é um saco sem fundo. Ou então fazem como eu que, já enjoada e quase a desmaiar, continuava a comer...e a comer...
Tenho, às vezes, estas vontades de desafiar os limites do meu corpo...mas nunca tinha desafiado as minhas próprias costuras. Não rebentei, efectivamente, mas estive lá quase...enquanto a minha mãe e avó me olhavam com um ar enojado "Isso é o que, filha? Salsicha Toscana com pêssego, batata, frango, picanha, arroz e banana frita?"
OU como diria o simpático empregado: "sauchicha Tozcana com pêssigo, bátátá, frango, picanha, arrois e bânana frita".
Ainda fui atacar as sobremesas sofregamente, enquanto cobiçava a prateleira das frutas, mais adiante. Mas a moral da história é só uma. Não vale a pena tentarem adquirir o mais possivel de bens alimentícios só porque não pagam mais por isso, porque o resultado é uma enorme dor de barriga e uma balança partida.

Ana