maio 01, 2007

Oh! Caldas...

Não sei quem é que tanto chama o Caldas. A bem da verdade não sei sequer quem é o Caldas, se é que é alguém. Só sei que há jantares memoráveis, e este que vou relatar foi...no Oh! Caldas.

Imaginem-se a comer bifinhos com cogumelos (não sabem fazer outra coisa..?) numa espécie de varanda de madeira que ameaça ruir a qualquer momento. E claro que, quando se convida cerca de 40 pessoas e aparecem 50, a coisa torna-se mais confusa do que já se previa. Quer dizer... ninguém me confirmou que havia perigo meter 50 pessoas, mais mesas e cadeiras, mais 3 ou 4 empregados e respectivas bandejas a deambular numa estrutura com um metro de largura, mas foi só uma interpretação minha. Por isso, não levem a mal porque, de facto, não sou engenheira civil. E parece-me que nunca nada de sinistro ali aconteceu (até ao dia....).

Mas é sempre interessante fazer destas experiências: misturar todos os conhecidos e amigos e, simplesmente, ver no que dá! Claro que o aniversariante, à página tantas, nem o próprio nome sabia. Mas isso são contingências previsíveis, tanto que existe um plano de emergência: há sempre alguém que, no dia seguinte, relata o que quase ninguém se lembra.

No início começam por surgir grupos, no fim do jantar já se trata tudo por primas e primos. Quer dizer...há sempre uns desgarrados, no qual muitas vezes me incluo... porque enquanto eu bebo 4 copos de sangria, o resto do pessoal bebe 10. É natural que, a dada altura, comecem a ver até o pai e a mãe. Eu só os vi, efectivamente, quando cheguei a casa.

Não vou mentir, também comecei a fazer brindes estranhos, tipo "aos lagartos pitosgas", mas não foi muito para além disso (não sei...! Não questionem...acontece!).

Mas graças a...qualquer coisa...lembro-me disso, por isso o estado não é considerado comatoso.

Mas o aniversariante até as prendas perdeu, para a angustia de quem gastou não sei quantos euros para lhe dar um 'miminho' (há mimos caros)...mas lá apareceram nas mãos de...alguém.

A dona do restaurante, ou gerente, ou seja lá qual for o estatuto da senhora, de um loiro de farmácia e dentes de cavalo, já chamava totó ao miúdo porque este andava atrapalhado com as contas. Mas queriam o quê? Com pouca ou nenhuma classe a senhora gritava "Oh André, tu és mesmo totó!", e olhem que o decibel estava elevado o suficiente para restaurante inteiro ouvir. Mas o André apenas sorria (é adorável o Dedé), enquanto pedia ao "Facadas" duas moedas de 10 euros (desculpa, mas tens tantos amigos com alcunhas tão diversificadas, que escolhi este), e no fundo ouvia-se alguém a pedir sangria COM batatas fritas. What a F**k?

Para alguém sair do respectivo lugar era uma verdadeira gincana; se havia alguém sentado numa ponta e se lembrava de querer ir à casa de banho, a mesa inteira tinha de se levantar, praticamente sair do restaurante, e dar passagem. Houve quem optasse por um número mais "homem-aranha" e andar pendurado do lado de fora da varanda, para haver menos distúrbios. Só não sei se a criança assustada que estava no piso debaixo achou muita graça à hipótese de levar com um gajo em cima a qualquer momento.

Seja como for, os bifinhos estavam óptimos, ou eu não estivesse esganada de fome…bem…na realidade, acho que nem sequer lhes senti o sabor de tão rápido que comi (de repente lembrei-me da cadela do meu irmão). Mas pagar 12.50 euros por dois pedaços de carne de vaca e 5 cogumelos a boiar num molho estranho, não me parece razoável. Sim, porque havia que dividir irmãmente a comida com as restantes 49 pessoas e, sendo assim, não houve hipótese de encher o bucho fartamente. Mas pelo menos confirmou-se de que todos aprendemos bem a lição dos nossos avós que nos dizem “No meu tempo… tínhamos de dividir uma sardinha em dez, eu e os meus irmãos... e olha, filha, ainda cá estou, com muita saúde, graças ao Senhor”.

Mas como todos sobrevivemos e estamos cá para rir das desgraças (não, o jantar não foi uma desgraça, não me interpretes mal), estas situações são fundamentais...TÊM de acontecer! Senão não tinha graça.

E, Mafalda, eu não contei ao André que deixaste cair sangria para cima do livro...acho que ele pressentiu! Não fui eu que contei...!



Ana Luelmo

4 Comments:

At 8:55 da tarde, Anonymous Anónimo said...

comentário de Vera GomEs


loool epah este jantar foi de mais! e tu lembraste de tanta coisa... eu ja nem sei a kuantas andava e nessa noite nem vi o andre... tive com todos menos com ele... encontrei o horas mais tarde ainda mais bêbado do k ja estava no bairro alto. Mas gostei mto do jantar! havia tb feijão preto (k booom), e a sangria bebia se como fosse agua... eles ja nem tinham jarros pa nos servirem...estávamos sequinhos sequinhos :D

ah a propósito o homem aranha era o brito ( ele gosta de fazer estas coisas k as raparigas olham e tal ...)

 
At 4:40 da tarde, Anonymous Anónimo said...

Tu nao deves conhecer o CALDAS de certeza ?! Alem dos bifinhos com cogumelos ainda existe arroz de marisco, e que tem montes de marisco, não é so arroz, e feijoada acompanhada por arroz branco ! Já para nao falar da sangria que é simplesmente fenomenal ! E aquela senhora que tu falaste, é 5 estrelas, porque se calhar mais de metade da merda que para ali fazem, ela caga e inda consegue ser simpatica, por isso ve la se tens respeito oh urso !

 
At 8:41 da tarde, Anonymous Anónimo said...

bem o caldas é para esquecer
bifinhos co cogumelos sem sal, arroz de delicias do mar, e feijoada só tem orelha de porco

mas sejam razoaveis por 12€ não querem alta cozinha francesa!

Façam os jantares em casa com bebida à descrição e vão ver que lhes sai mais caro

 
At 6:07 da tarde, Anonymous Anónimo said...

Muito provavelmente nao sabes o que é um jantar de qualidade. 500 euros por pessoa nno centro de Paris. E como nao sabes o que isso é estas a espera que os teus 12,5 euros comprem luxo e requinte. Oh! Caldas é um restaurante muito bom para o objectivo a que se propoe. Tu e que estavas no sitio errado. Mas provavelmente, se fores a sitios com a qualidade que desejas, sera o proprietario a fazer juizos de valor sobre ti. "Aquela coitada nem sabe para que serve o segundo guardanapo".

 

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