maio 29, 2006

a proeza da minha vida...

Hoje venho-vos falar da proeza da minha vida.... É, porque talvez nunca venha a fazer prodígio semelhante! E quero partilhar esta minha experiência: estou quase a terminar de ler a Bíblia!!!
É verdade, meus amigos! Parece-vos estranho? Ou talvez a palavra seja "impossível"? Eu também achava impossível consegui-lo, e confesso que continuo a considerar ser uma coisa muito dificil de se realizar, mas haja determinação! Porque eu não saltei uma única página...nem umazinha sequer!
Já há quem me chame de fanática, mas acreditem, depois de ter tido um relacionamento tão directo com as "Sagradas Escrituras", eu fiquei tudo menos fanática. Por várias razões. E passo a citar.
Primeiro porque ninguém tem de ser rotulado de fanático só porque decidiu instruir-se mais um pouco; segundo porque a Bíblia está de tal modo recheada de metáforas e parábolas e mensagens codificadas, que muitas vezes mais parecem histórinhas para criancinhas com falta de sono; Terceiro, e este é delicioso, a Bíblia também consegue ter passagens tão violentas, tão brutais...que uma pessoa dita "normal" não consegue levar a sério o que lê.
Não sei precisar as palavras exactas, nem consigo agora encontrar-la, mas há uma passagem fantástica que conta e história de uma mulher e de seus sete ou oito filhos. Consta que eram boa gente, honestos e tementes a Deus, mas há um deles que resolve esculpir um deus em pedra e passar a adorá-lo como se se tratasse do Deus verdadeiro. Fiquem sabendo que para quem fizer tal coisa o castigo é o seguinte: pegaram nos sete ou oito filhos e arrancaram-lhes lentamente os membros, depois os olhos, depois cortaram-lhes as línguas...e ainda vivos, meteram-nos dentro de um caldeirão para que fossem cozinhados. Isto é contando de uma forma tão rebuscada que eu chego a pensar que o profeta que o terá escrito sentia um bestial prazer. E como se não bastasse, a mãe deles assistia a tudo, "de camarote". Deve ser simpático ver um filhinho a ser esquartejado e cozinhado vivo. Mas é referido que ela suportava tudo em nome de Deus, achava portanto que aquele castigo era justo. Pois... Eu tambem não diria outra coisa. Depois foi a vez dela, e aí voltaram a fazer o mesmo ritual...
É claro que todos nós sabemos que festinhas destas houve-as muitas. E ainda hoje se fazem umas quantas atrocidades. Mas o que eu não percebo é porque é construída uma religião em cima de tanto sangue. Se fosse só o Novo Testamento, em que só acontecem coisas inofensivas como senhores a caminhar em cimas das águas, ou a multiplicar pãezinhos...tudo bem! Mas e o Antigo? Se fosse uma banda desenhada as falas seriam qualquer coisa como "Soc Tum Paf, Toma, Toma, Enche, Pumba, Zás, Trás, CataPUM PUM PUM, zingas, pumbas, tungas, Tomas, Tás a olhar, Tás a olhar?? Levas nas trombas seu herége! Tungas Punbas, Tingas, Trungas, Trombas, Soc Tum Paf".....bem, pelo menos era animada mesmo...
Não quero com isto julgar ninguém... mas se estamos numa democracia, deixem-me dar o meu parecer. Tem, tem sim senhora muitas coisas boas, principalmente na parte em que Jesus faz andar ceguinhos e ajuda paralíticos a ver (ok, não posso ser assim tão cruel, Jesus foi mesmo um homem notável)...ms também há coisas que chegam a dar medo!
Mas se alguém tiver "cojones" e quiser lê-la, eu acho notável, porque quer querendo quer não a Bíblia é uma base fundamental da construção da história Ocidental. E a sabedoria não ocupa espaço! Só às 7h da manhã, quando falam conosco, é que isso é questionável.

Ana Luelmo